19 de janeiro de 2011

FISIOTERAPIA NA DISPLASIA DO COTOVELO


A articulação do cotovelo é uma das mais estáveis do corpo, permitindo movimentos de flexão e extensão e ainda de supinação e pronação do antebraço. A displasia do cotovelo geralmente envolve fragmentação do processo coronóide medial, não união do processo ancôneo e a osteocondrite dissecante. As raças grandes e gigantes são as mais afetadas.
                                   Foto retirada do blog: paixaoporpet.blogspot.com

Os sinais clínicos se manifestam entre os 4 e 8 meses de idade e se iniciam com claudicação de membro torácico, dor à palpação da região medial da articulação do cotovelo, dores na flexão e extensão da mesma articulação, aumento na região articular. Ainda pode-se observar crepitação e redução na amplitude de movimento.
O diagnóstico é baseado nas observações radiográficas, porém nem sempre a causa base pode ser comprovada na imagem radiográfica. Tem sido discutido o uso de tomografia computadorizada no diagnóstico de displasia do cotovelo, principalmente quando está relacionada à fragmentação do processo coronóide.
O tratamento recomendado geralmente é o cirúrgico. Em alguns casos a osteoartrose já está instalada o que piora o prognóstico.  Há numerosos tratamentos cirúrgicos descritos para cada caso, contudo sempre se recomenda a reabilitação pós cirúrgica para evitar a progressão da osteoatrose, ganhar massa muscular, aumentar a amplitude de movimento e manter a funcionalidade do membro.
Antes do desenvolvimento do protocolo fisioterápico é necessário ter conhecimento processo cirúrgico empregado, por isso é sempre importante o contato entre o veterinário clínico, cirúrgico e o fisioterapeuta.
A fisioterapia tem nesse caso os objetivos de reduzir o estresse articular, controlar a dor e a inflamação, fortalecer os músculos periarticulares, manter ou aumentar a amplitude de movimento e melhorar a qualidade da cartilagem. Deve-se ainda avaliar o membro contralateral e a coluna cervical, devido à sobrecarga causada pela redução do uso do membro.
Caso o animal seja obeso é aconselhado uma dieta e um programa de exercícios controlados com baixo impacto nas articulações( natação, hidroesteira ou caminhadas com guia curta). Os exercícios também ajudarão no ganho de massa muscular. Caso o animal esteja com muita dor ou com fraqueza é utilizada a corrente FES para ajudar no fortalecimento muscular.
O laser terapêutico ajudará no controle da dor e da inflamação. Para dor a acupuntura é o tratamento mais indicado. Deve-se evitar atividade de grande impacto na articulação , pois pode agravar ainda mais o processo inflamatório.
São feitos alongamentos e mobilização articular para  manter ou aumentar a amplitude de movimento e melhorar a qualidade da cartilagem articular. Agentes condroprotetores são indicados para reduzir os danos nas articulações.

 
                              Foto retirada do blog: bifecomfritas.blogspot.com

Com a reabilitação conseguimos fornecer uma qualidade de vida ao animal, reduzindo a dor e utilizando o potencial funcional de cada animal.




"Não podemos ver a beleza essencial de um animal enjaulado, apenas a sombra de sua beleza perdida." (Julia Allen Field)
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