A luxação de patela pode ser definida como um deslocamento da patela a partir do sulco troclear.
A maior parte das luxações de patela têm origem congênita/hereditária, porém podem ocorrer também em consequência a um traumatismo grave em que há ruptura de um ou ambos ligamentos cruzados ou colaterais. Ocorrem principalmente em raças toys como yorkshire, poodles entre outros. É comum o animal apresentar graus variáveis de osteoartrite devido ao deslocamento patelar e consequente destruição da cartilagem articular.
O animal pode não apresentar sintomas clínicos o que às vezes retarda o diagnóstico de luxação patelar. Dentre os sintomas mais comuns estão a claudicação, dor na região do joelho e relutância em saltar ou realizar exercícios. A luxação pode variar de formas leves a graves sendo classificada em graus de I a IV.
O diagnóstico é feito pela anamnese, na qual o proprietário pode relatar uma claudicação , dor ou ainda que o cão mantém a pata flexionada em deambulação por um ou dois passos. No exame físico testa-se a instabilidade patelar que irá variar de acordo com o grau da luxação. A radiografia avaliará principalmente a gravidade da deformidade óssea.
"Aconselha-se a cirurgia em animais jovens adultos ou imaturos sintomáticos, pois a luxação patelar intermitente pode desgastar prematuramente a cartilagem articular da patela” (FOSSUM, 2002).
Porém o tratamento cirúrgico não previne o desenvolvimento de osteoartrite
A reabilitação de animais com luxação de patela pode ser feita no pré e pós cirúrgico e também nos casos em que não se preconiza a cirurgia, como em grau I de luxação em que não há sintomas clínicos evidentes.
Nos animais com grau I, deve-se estimular os passeios regulares, evitar o ganho de peso e saltos de lugares altos. Em pacientes que possuem luxação grau II, III ou IV e que por algum motivo não realizarão cirurgia preconiza-se um tratamento na tentativa de reduzir a dor e fortalecer a musculatura dos membros pélvicos.
O tratamento no pós cirúrgico imediato pode ser feito com uso de gelo e mobilização passiva com intuito de evitar contraturas e perda da amplitude de movimento. Utiliza-se a eletroterapia para redução de dor e com isso facilitar a mobilização. Quando houver a redução da dor e do processo inflamatório é hora de encorajar o paciente a usar o membro por meio de caminhadas com guias, hidroesteira e exercícios de suporte de peso.
Geralmente pacientes com grau I a III de luxação patelar têm uma recuperação mais rápida. Pacientes com luxação grau IV, muitas vezes necessitam sofrer osteotomias e com isso precisarão de um período de repouso para consolidação óssea. Nesta fase o fisioterapeuta poderá fazer uso do laser para auxiliar na cicatrização e da eletroterapia para evitar uma atrofia muscular demasiada bem como uma mobilização suave do membro. Após a consolidação óssea poderá se iniciar uma fisioterapia mais intensa.
O protocolo irá variar de acordo com o caso, nunca é utilizado o mesmo protocolo para animais distintos nem para o mesmo animal em fases diferentes de recuperação.
Caso o seu animal apresente algum dos sintomas acima descritos procure um veterinário, só ele poderá diagnosticar corretamente e ainda indicar o melhor tratamento.
Dúvidas? Entre em contato: acarolinafrazao@yahoo.com.br
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